O QUE DAREI EU AO SENHOR POR TODOS OS BENEFICIOS QUE ELE ME TEM FEITO?

Ministério Público Federal acusa ex-gerente da Caixa de desviar Bolsa-Família em GO

O Ministério Público Federal, por meio da Procuradoria da República em Goiás, propôs uma ação de improbidade administrativa e uma ação penal contra Zenes Araújo, ex-gerente da agência da Caixa Econômica Federal (CEF) em Morrinhos (GO). Ele é acusado de usar seu cargo para se apropriar indevidamente de valores oriundos de programas sociais do governo federal. Segundo as ações, pelo menos 54 beneficiários do Bolsa Família e do Renda Cidadã foram lesados pelo ex-gerente.
De acordo com o procurador da República Helio Telho, Araújo sacou mais de R$ 26 mil desses usuários entre 2005 e 2010. Se for aplicada a correção monetária, o valor supera R$ 38 mil. Além da aplicação de sanções criminais, a procuradoria requer que o ex-gerente da CEF ressarça o dano causado aos cofres públicos. O MPF solicita ainda que Araújo perca seus direitos políticos e pague uma multa civil de até duas vezes o valor do dano.
A denúncia afirma que, para obter irregularmente o dinheiro, o ex-gerente usava os cartões dos benefícios que se encontravam arquivados na agência da CEF. Ele trocava as senhas do cartões que estavam sob sua supervisão - sem a anuência dos beneficiários. Depois de feita a troca, ia às salas de auto-atendimento da Caixa para sacar as quantias. O procurador diz que, além de Morrinhos, Araújo realizou saques em agências localizadas nos municípios de Itaberaí e Goiânia. "Essa ação atenta contra os princípios da moralidade e lealdade às instituições, norteadores da administração pública", afirma Telho.
Em um único dia (24 de dezembro 2010), Araújo efetuou saques em nome de cerca de dez usuários da CEF em uma mesma agência. Segundo o procurador, os saques foram feitos com breves intervalos. Câmeras de segurança registraram a presença de Araújo no local. Após saber das investigações, o ex-gerente parou de praticar a fraude. Os benefícios dos usuários lesados referentes ao período de dezembro de 2005 a março de 2006 não foram mais sacados.

Fonte: MPF

"Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras".
[Artigo XIX da Declaração Universal dos Direitos Humanos]